segunda-feira, 23 de julho de 2018

Now in English

Os raros - porém empenhados - fãs brasileiros de René Guénon certamente conheciam as divergências fundamentais entre ele e Frithjof Schuon, e, por isto, não se tornaram jamais fãs do "petit Schuon brésilien": ao contrário, de modo geral se opuseram a ele.
 A cisão entre Guénon e Schuon é profunda, digam o que disserem os pseudo-analistas... A existência de vertentes "da luz" e "das trevas" é notória, e entre ambas existe FUNDA oposição.
Todas essas considerações são talvez extemporâneas, porque 99% dos seguidores do "petit Schuon brésilien" não têm IDÉIA do significado de nada disso, e estão convencidos de estar diante de um católico romano, seguidor da Doutrina católica mais tradicional e pura - enquanto o cara é, evidentemente, um propagador do perenialismo gnóstico.
Coitadinhos...

A descrição a seguir refere-se a um "Wahid Azal", que parece ser um heterônimo.
Eu sugiro que os senhores a leiam - qualquer semelhança não será "mera coincidência":

"Unfortunately, his gifts were retarded by the obsessive compulsive, maniacal ferocity at which his brain tends to run on. This in turn has gifted him with an award winning and epochal internet trolling capability, and a towering sense of [s]ELF. His vehement, libelous, defamatory, and capricious potty mouthed touts that litter the net, are always and without fail inflated with the most dubious conjecture. Even electronic death threats involving firearms are not above him. Seek and ye shall find! As a completely self-initiated, self-appointed "Grand Shaykh" of a "sufi" tariqah, one would expect, at least, a certain semblance of adab (spiritual courtesy). But there is none...save when he receives some form of praise or accolade from someone he himself admires. And God forbid if his admiree finds a glimmer of fault in his actions or words...look out! You've just run the risk of having assembled in your name, a smear/sneer campaign of Dostoyevskian proportions! To quote a one time friend of his "you are obviously an intelligent human being; but intelligence alone is not enough. What seems to be lacking is love, humility, wisdom, and sound judgement". This is the unfortunate reality. Instead of any semblance of humility, or love, you tend to always get the overtly rancorous, and obnoxiously antinomian sentiments/rants...coloured by foul whiffs of pseudo spiritual intellectualism and bitterness."


"This "exposé" of the Schuon tariqah is little more than a band-aid on an open wound that goes back years. Mr. Wahid/Azal/Whatever was once on the hunt for the mysterious "Tariqa Maramiyya"..."under the guidance of the great perennialist thinker and spiritual hierophant of our time, monsieur Frithjof Schuon" His actual words!"


sábado, 21 de julho de 2018

Os sacrificadores de gatos



Do texto em francês:

"Esta ex-esposa [de "Muhammad", ou Olavo] era a principal pessoa a praticar o vudu, mas sabe-se que Muhammad não era menos implicado. O filho de Muhammad declarou: "Meu pai sabe dizer qual gato é habitado por um 'djinn'". Os brasileiros sacrificaram gatos segundo o rito vodu; enterraram um em um jardim de um grupo afiliado a Idries Shah." (eu diria que não foi "um", e sim pelo menos dezesseis...)

Em matéria de biografia, a do odalisco é o que se pode chamar de UM ESPANTO!
Não admira que os lesadinhos estejam como estão, em estado de negação;  os dados são de cair o queixo, e o grau de dissonância cognitiva que a admissão de tão espantosos - e REAIS - fatos provoca deve ser extremo.

O texto diz ainda que Withall Perry, outro membro da tariqa do Schuon, afirmava ter Muhammad [Olavo, o chefe brasileiro]  "escrito a carta perfeita", no sentido de dizer nela que "Frithjof Schuon era o maior mestre de todos os tempos" - ou seja, o "mestre brasileiro" era nada menos que o perfeito sicofanta - um sicofanta é um adulador, mas também um caluniador, um mentiroso e um traidor...

Mas, quando Catherine Schuon foi informada das práticas de macumba - o vodu brasileiro - efetuadas pelo grupo de Muhammad, ela se declarou "chocada": portanto, o real motivo da expulsão do "mestre brasileiro" da tariqa certamente NÃO FOI o declarado pelo "mestre odalisco" - mas sim ESTE:  a matança de gatos...

Somehow me vem à idéia de que o apelido que me foi dado pelo sicofanta, de "véia dos gatos", talvez tenha uma razão abstrusa, oculta: de qualquer maneira, aquele avatar da leoa deve ter sido significativo, já que uma panthera Leo é, em última análise, um gato GRANDE... Bota grande nisso. 😁

Desde o início desta modesta investigação, eu notei que o ponto-chave eram os anos em torno de 1986, já que, a partir daquele ponto da linha de tempo, EMERGE claramente o sicofanta perfeito, oculto, dissimulado, claramente treinado e sem limites morais - auto-intitulando-se, então, "filósofo", e não mais astrólogo: "un petit Schuon brésilien".

sexta-feira, 20 de julho de 2018

En FRANÇAIS, Messieurs-Dames!



Como é que era MESMO, hein, meu chapa, aquele negócio dos "dezesseis gatinhos de uma única ninhada sacrificados para 'salvar a vida' da gata-mãe", hein?
Não, fala sério: REPITA aquela história, meu chapa. Eu QUERO VER até aonde vai a sua CARA-DE-PAU. 😅

The Romenian connection and the Manchurian candidate

Oh,  noffa - quão coitadinho!
"Descobri que, quando eu fui à Romenia em 1998, o líder do grupo tradicionalista católico pelo qual eu tinha a maior simpatia, sniff, sniff, sniff, andou espalhando que eu havia ido àquele país para receber uma iniciação maçônica, BUÁÁÁ, BUÁÁÁ, BUÁÁÁÁÁ... "

Fala sério, meu chapa! Toma vergonha nessa cara!

Vai fazer O QUÊ, agora, meu chapa -  pra variar? Começar a berrar palavrões contra o sujeito "pelo qual você tinha a maior simpatia"?
Ah, noffa, QUÃO INESPERADO! Estou de queixo caído!

A propósito: o que FOI que você foi fazer na Romenia em 1998, hein, meu chapa? Sua "conexão romena" é bastante SIGNIFICATIVA, não?
Ah, sim, é verdade: MUITO POUCA GENTE conhece a Romenia e o significado desta sua conexão, né mesmo? Pois é.
Estamos levantando o significado, meu chapa: a "organização internacional", sabe qual?
Pois é: NÓIS.

TREMA!


quinta-feira, 19 de julho de 2018

A sala das revelações

 Odalisco,  o seu fingimento é grotescamente transparente.
A sua VIDA, a sua FRAUDE, está expressa naquela sala que você achou "o máximo": aquilo é a SUA ridícula idéia de "sobriedade clássica" - NINGUÉM, neste vasto mundo, a não ser os toscos iguais a você, deixaria de RIR de tamanha patetice.
É a SUA idéia, seu pateta cafona: você "idealizou" a "sobriedade clássica",  e tudo o que conseguiu foi  um chão de banheiro, objetos horrorosos, cortinas pavorosas e sofás de curvim estofados em uma imitação de capitonê de décima categoria.
Não se salvam nem os quadros, uma barangada medonha.
Só rindo, meu chapa... Pelamordedeus!

Como eu disse, você se REVELA a cada passo.
Deus me livre.
Bom, enfim: pelo menos pode-se dizer que aquela sala horrível e grotescamente postiça  está "combinandinho" com a sua "filosofia" idem - e eu DUVIDEODÓ que uma significativa parcela dos seus admiradores não tenha visto a pífia qualidade da bagaça.
Problema é  que é tudo fingido, meu chapa: você está CRENTE que "está abafando" e tem gente pacacete rindo de você pelas costas, porque FRAN-CA-MEN-TE! Me poupa, e faça-me o favor!
Vai ser CAFONA e IGNORANTE assim lá no raio, fala séééééériooooo! 😅

Eu ri por três horas vendo aquele negócio, palavra de honra.
É como eu sempre digo, meu chapa: a ESTÉTICA é a FACE VISÍVEL DA ÉTICA.
Vá assistir ao que diz o ROGER SCRUTTON, pelamordedeus!
BEAUTY MATTERS!

Tem certas coisas que NÃO DÁ pra disfarçar.

E você é, meu chapa, apenas e tão somente o bagaça que sempre foi: não era POR AÍ que você haveria de sair do buraco...
Do modo como você escolheu,  você só se emburacou mais e mais ao longo do tempo.

Lamento por você, idiota: o diabo  é PÉSSIMO "conselheiro" - azar o seu por ter acreditado nele. 😜

PS: Você me lembra cada vez mais Luifináfio, meu chapa: o mesmo ressentimento, o mesmo cabotinismo descontrolado, a mesma estupidez crassa e cínica.
Um "filósofo" realllllmente à altura de tal "estadista"... 😄



quarta-feira, 18 de julho de 2018

Recado curto

Odalisco, faça um FAVOR a si mesmo e pare com essa tosqueira de pretender que  eu acho você um  sujeito importantíssimo, "agente islamo-sionista e comunofascista a serviço do imperialismo norte-americano"ou outras idiotices no gênero: eu não "acho" você NADA disso, NENHUMA dessas coisas.
Na minha opinião pessoal, você é só um furreca TOSCO - embora 'ishperrrrto' - que, uma vez desvendado, se revela a cada frase, a cada gesto e a cada palavrão:  um farsante que só tinha chance de "fazer sucesso" na Bruzundanga, e assim mesmo porque está no meio de uns palermas que não têm noção de nada - ou que, pra SORTE SUA, ainda não chegaram suficientemente PERTO pra ver a fraude montada.
Eu você continuaria a manter todos a uma  distância segura, sem publicar sua obra em língua alguma além do português - ah, é mesmo: e do romeno, NO MÁXIMO. Porque se alguém que entenda realmente das coisas se aproximar, meu chapa, você está liquidado em todos os níveis e âmbitos imagináveis.
Como aconteceu com o Sr. Orlando Fedeli, que entendia e por isso VIU imediatamente quem você era, sem precisar fazer o menor esforço.



"JUSTIÇA LOGRE QUEM JUSTIÇA TEM"

... é um excelente lema, que adotei há muito tempo.
Em  busca de correção para uma injustiça cometida por mim, eu gostaria de tornar público o meu repúdio pela campanha de destruição difamatória empreendida por Olavo de Carvalho contra os irmãos Velasco.
Não  conheço esses irmãos pessoalmente, ou proximamente: mas é absolutamente visível que o guru gnóstico usou em potência máxima a sua "maquineta de intimidação" contra eles.
Como a usou também contra o Sr. Fedeli, e a estaria usando até hoje  se o Sr. Fedeli estivesse vivo.
Em resumo, eu abomino este tipo de tática, tão comum e banal entre maus caracteres, que é genericamente conhecida como "assassinato de reputação" - método imerecido, injusto, calunioso, solerte.
O chamado "fim da picada".
A minha crítica ao "mestre" é de máxima singeleza, e consta de meramente verificar que, em qualquer âmbito, o seu propalado "cabedal de conhecimentos" não resiste a uma análise bem feita, que deixará à mostra apenas um "empilhamento" de noções difusas, tiradas de fontes díspares, e mal-coladas num conjunto ditado por um oportunismo de ocasião - naturalmente repleto de erros e contradições,  dada a sua natureza desconexa e precária.
Sendo o resto, é claro, apenas marquetingue pessoal.
A eficácia desta propagando auto-laudatória é nítida e clara, e se fundamenta na ação repetida de "gritar mais alto", muito usada por crianças sem educação, adolescentes folgados e tiranos vilíssimos:  assim, por exemplo, Olavo de Carvalho ele mesmo publica em seu site pessoal a carta da organização islâmica que premiou uma monografia sobre Maomé escrita "a quatro mãos" por ele e um co-autor; ora, ao final desta interessante missiva, a referida organização deixa absolutamente claro que proibe que, em caso de publicação, os premiados façam menção ao prêmio conferido ou à própria organização que o conferiu, dando como motivo para este impedimento o fato do conteúdo expresso no trabalho "NADA TER A VER com as opiniões dos que conferiram o mencionado premio ou da organização que representam"!
Sendo este o caso, Olavo escolhe NÃO publicar a monografia - para, em vez disso, PODER mencionar o prêmio - o tal que NÃO PODERIA mencionar CASO resolvesse publicá-la...
Um trick simples, mas de alta eficácia. Para "aperfeiçoar" mais um pouco a jogada, e ao avesso do que está escrito na carta mencionada - enviada, repito, pela própria organização islâmica que concedeu o premio - de que "o conteúdo não expressa o pensamento ou a opinião da organização ela mesma" -  o auto-propagandista afirma que o premio é um "reconhecimento de sua expertise e do seu conhecimento do tema", o que contradiz  o que é dito pela própria organização, que se exime formal e claramente de endossar o conteúdo 'premiado'!
Alguém foi conferir? Pouquíssimos foram, esta é que é a verdade - e, no entanto, a carta está publicada no site mesmo do autor, à disposição de quem quiser ler...
Tal é a natureza humana, a de não se dar ao trabalho de ir verificar a  justeza das coisas:  eu diria até que é este o fundamento do slogan "a propaganda é a alma do negócio".

Mas, como bem disse Abe Lincoln, "You can fool all the people some of the time, and some of the people all the time - but you cannot fool all the people all the time."

Assim sendo, fica aqui o registro das minhas desculpas e dos meus parabéns ao Jorge e ao Carlos Velasco, pela valentia e pelo minucioso esforço empreendido em prol da verdade: que "JUSTIÇA LOGRE QUEM JUSTIÇA TEM"! 

terça-feira, 17 de julho de 2018

Bruzundanga, terra dos covardes, lar dos farsantes

A América se notabilizou como "land of the free, home of the brave" - a Bruzunda se notabiliza como "terra dos covardes, lar dos farsantes".

O Odalisco no Jardim Secreto - parte II

"Boa noite", eu disse. E, levantando a voz pra ser ouvida acima dos sons arabescos: "O senhor poderia, por favor, errr... mandar parar a música? Incomoda um pouco os gatos, e eu não vou conseguir fazer a entrevista porque não dá pra escutar direito com esse barulho todo."
O Odalisco, sem me olhar, gritou para o breu - "... de um povo heróico o brado retumbante, ai meu cu, ai meu cu, aiiii meu cuuuuu!..."
A música cessou, subitamente, deixando o último berro do Odalisco a ribombar solitário pela copa das árvores.
O gato preto apareceu, mais arrepiado do que nunca, e com todas as unhas desembainhadas: "O que foi que eu te disse? Uma noite LINDA, e você tinha que chamar esse sujeitinho pra acabar com a nossa tranquilidade! Vou arranhar ele inteirinho!"
"Você não vai arranhar ninguém", eu falei severamente. "Sou eu que mando aqui. Trate de guardar essas garras."
E, dirigindo-me ao Odalisco: "O senhor poderia nos explicar, seu Odalisco, qual o motivo desta sua, digamos, fixação anal? O senhor só fala em 'cu' o tempo inteiro! É um tanto impressionante, esta sua mania - o senhor não acha? Existe alguma explicação para isto?"
O Odalisco, ainda olhando para as trevas que o rodeavam, apenas disse vaga e abstrusamente: "Neguim passa a noite mordendo a fronha e acorda com uma raiva dos diabos, achando que fui eu que o comi e não paguei..."
O Cheshire mostrou a risada escancarada: "Eu não disse que ele agora usa gíria carioca? Olha aí o 'neguim'..."
"Se vocês ficarem me atrapalhando, eu não vou conseguir fazer entrevista nenhuma", eu disse. E, voltando a me dirigir ao Odalisco: "Hein, senhor Odalisco? Voltando ao assunto, eu falava desta sua mani..."
Mas o Odalisco me interrompeu com um berro: "Isto é a revolta sem fim de um cu dolorido! De um cu dolorido - está me entendendo, sua vaca? Um CU DO-LO-RI-DO, fique sabendo!"
O angorá abriu os olhos para declarar: "... em matéria de imbecilidade, eu nunca ouvi nada parecido. Quer fazer o favor de mandar esse sujeito embora daqui? Ou você pretende passar a noite inteira ouvindo esse pilantra berrar obscenidades sem pé nem cabeça? "
O Cheshire completou: "O que quer dizer que, se as obscenidades tivessem pé e cabeça, talvez  valesse a pena ouvi-las. O que é debatível. EXTREMAMENTE debatível, pra dizer o mínimo."
O Odalisco virou-se violentamente  para o Cheshire, que tinha desaparecido de novo: "Vai tomar no cu, seu gato cocô!"
Os siameses gêmeos interromperam pra dizer em uníssono: "O vocabulário da criatura parece ser um tanto curto. Talvez ele só saiba dizer isso, mesmo."
Uma gata branca malhada de cinza apareceu de repente, e mirou fixamente o Odalisco por alguns segundos: "Isso aí me parece um tanto ou quanto perigoso. Está com os olhos vidrados e babando. Eu acho que deveria estar, pelo menos, usando uma focinheira. Parece rábido."
O Odalisco, de fato, parecia estranho, e repetia entredentes: "...que eu o comi e não paguei! Por que deveria pagar, se o comesse?  Ele é que deveria pagar, se me comesse!  O cu, o cu, o cu! Tudo se resume ao cu! O cu dolorido - o cu, centro do mundo! Onde está a Marcia Tiburi, numa hora dessas?!"
E, girando em torno de si mesmo, bradou mais alto: "Vocês vão todos tomar nos seus cus, seus cocôs! E tenho dito! O mundo me aguarda, tenho mais o que fazer! São BILHÕES de cus espalhados por aí, sem falar nas pirocas, e eu aqui, perdendo tempo com vocês!"
E, voltando-se para mim, aproximou-se, com ar feroz. O gato preto, com os pelos da cabeça arrepiados como uma auréola negra, desembainhou as unhas novamente e postou-se num ramo de árvore logo acima do Odalisco, pronto a avançar sobre a sua cabeça, para me defender se fosse preciso: "E você, sua va-ca! Como ousa tentar me entrevistar?" - e, mordendo as palavras como se fossem pedras: "Eu ORDENO o destino de todos os cus do mundo: é só o que me interessa, sua vaca! Vaca, vaca, VAAAAACAAAA! Cu, cu, CUUUUU! Cocô, cocô, COCÔÔÔÔ! Piroca, piroca, PIROOOOCA!!!!!  Pronto! Eis aí resumida a minha filosofia: a maior do mundo, em todos os tempos! A primazia  absoluta do cu!!!!! E agora adeus, que eu preciso recapitular meus estudos sobre René Negón!"
E POFT - o Odalisco desapareceu, num estouro que deixou um cheiro de pólvora no ar.
Os gatos ficaram um instante atônitos, até que o angorá gordo quebrou o silêncio:
"Bom, acabou, né? Vê se não inventa mais coisas deste tipo, daqui pra frente. E, se tiver que chamar alguém, da próxima vez  chame alguém que tenha alguma coisa a dizer" - e encerrou com a sua tirada habitual: "For Pete´s sake. O amigo preto ali tem razão: você realmente sabe como estragar uma noite LINDA!..."







A entrevista do Odalisco no Jardim Secreto

O jardim estava particularmente aprazível na noite gélida, com as estrelinhas brilhando mais do que nunca no céu invernal.
Avisei aos gatos:
"Hoje teremos aqui o Odalisco para uma entrevista imaginária..."
O Cheshire apareceu em volta do sorriso, de olhos arregalados: "...e para que raios você pretende que venha aqui aquele farsante maroto, me diga? Quero uma explicação minimamente convincente! Não sei se você notou, mas ele anda copiando o seu estilo: agora deu pra usar "neguim", termo do dialeto carioquês. Não demora vai começar a se dirigir aos desafetos como "meu chapa" - aliás, uma expressão que eu  particularmente sempre considerei abominável e nunca aprovei que você usasse."
Eu ignorei a crítica.
"Deixa de ser chato, Ches. Talvez ele tenha algo a dizer que a gente não tenha ainda ouvido."
A gatinha de pelagem tartaruga desceu do galho em que estava encarapitada e subiu, com um pulo gracioso, no banco em que eu estava sentada: "Você por acaso está com dor de cabeça? O homenzinho já disse que tem um método infalível para curar enxaquecas, que consiste em você olhar nos olhos de um gato. Pode olhar nos meus, se quiser. Não precisa chamar o sujeito para ensinar a técnica: embora seja uma idiotice total, me parece fácil, se você quiser tentar."
O angorá gordo nem levantou a cabeça para miar, com voz rouca: "Só tem imbecil neste mundo. Tome uma aspirina, for Pete's sake! Não precisa chamar aquele cretino  pra fazer palhaçada."
"Eu não estou com dor de cabeça nenhuma", eu protestei. "Só queria saber se ele de fato tem alguma coisa a dizer."
"Até parece..." - retrucou o angorá, se espreguiçando - "Bom, por mim pode chamar quem você quiser e bem entender. Não pretendo acordar de novo. E vê se o caboco fala baixo: ele vocifera, não fala... Muito desagradável."
 "Terrivelmente deselegante", completou a tartaruguinha, lambendo a pata direita.
O gato negro, que estava sumido na ramaria de uma árvore alta, meteu a cabeça arrepiada entre as folhas: "Também não acho uma boa idéia. Aquele camarada tem pavor de nós, e além do mais eu não suporto o cheiro que ele exala. Se me irritar, eu pretendo arranhá-lo" - e, com isso, desembainhou as unhas de uma das patas, mostrando as pequenas navalhas afiadíssimas - "Depois não venha dizer que eu não avisei."
Um som que parecia de flauta e alaúde, acompanhado de uma batida surda, surgiu ao longe, na escuridão.
"Tarde demais para reclamações", eu disse. "Ele está entrando pelo portão do jardim secreto. Comportem-se!"
O gato negro sumiu entre a folhagem, miando ameaçadoramente. A gatinha tartaruga pulou para o alto do muro, e o Cheshire apagou-se inteiramente,  inclusive o sorriso. Só velho angorá, cumprindo a promessa, continuou dormindo placidamente. Dois siameses gêmeos, com os olhos azuis arregalados,  surgiram da sombra, acompanhando o ritmo do tabal: "Mas o que vem a ser ISTO, a estas horas da noite?!"
Eu só disse "PSCHIIIUUU!", mandando-os calar, e fiquei aguardando.
Até que me apareceu, enfim, do meio das trevas, o velho Odalisco - ele mesmo...

(continua)


domingo, 15 de julho de 2018

'Tis the time's plague when madmen lead the blind'

 Eu olho o título escolhido e não vejo NADA a acrescentar: Shakespeare é terrivelmente definitivo.

O que restaria dizer?
Que o sujeito é um farsante pífio, que se aproveitou da má condição cognitiva de coitados incultos para montar uma tapeação de quinta?
Eu mesma não vi que se tratava de uma tapeação de quinta, meu caro: eu não tinha suficiente malícia pra constatar tamanha DESFAÇATEZ!
A ausencia de malícia nunca foi um "defeito", meu caro: antes é uma virtude, agradável a Deus!
No entanto, tudo tem limite, neste vasto mundo...

Eu me mantenho, assim, na concordância da frase "geoffreyana", que sai da boca do próprio bardo, na obra que é a minha FAVORITA - o magistral  "King Lear",  que o estrupício de quinta  jamais leu, e jamais amou, e jamais entendeu!

Antes, na sua sanha tapeatória, "indica" aos idiotas dois livros de crítica da obra shakespeariana: nada mais sopa  que enganar imbecilizados indicando "obras de crítica" - que DESOBRIGAM, na verdade, que os ditos cujos imbecilizados - assim como seu "mestre" - se deem ao trabalho de ler  o OBJETO do raio da crítica...

O "filósofo" encafurnado no seu grove virginiano é uma FRAUDE completa, e tem milhares de seguidores: mais do que NUNCA é obrigatório saber que

'Tis the time's plague when madmen lead the blind'.



domingo, 8 de julho de 2018

"Alta cultura" & normas de polidez

O caboco farsante inventou uma metodologia sagaz pra disfarçar o fato de que NUNCA leu os chamados "clássicos".
Seguinte:
Ele joga na cara dos lesadinhos um ou dois livrecos "a respeito" de - por exemplo - Shakespeare, ou Dante: e manda os palermas LEREM.
Daí pra frente, a coisa tá pronta - qualquer um que se meta a fazer um comentário sobre o King Lear ou o  Merchant of Venice, o "mestre" já sai perguntando as berros se o ousado leu os livrecos ordenados - caso não o tenha feito, está ipso facto "desqualificado" para qualquer coisa que se refira ao velho bardo ou a qualquer autor importante .

É uma interessante forma de bancar o "expert" em Shakespeare - ou em seja lá quem for - sem jamais ter lido uma única linha do que tais autores escreveram...

Platéia de lesados é outra coisa, né mesmo?
Não dá trabalho NENHUM para o "mestre".

Anda, meu chapa: vai ler o que o Martin Lings escreveu sobre Shakespeare - o que Shakespeare ele mesmo escreveu você pode bypassar, segundo o farsante: ou você por acaso está pensando que o mestre tem ALGUMA intenção de ler "Macbeth"?

Me poupa, pateta.  Eu, hein.